Os esmaltes cerâmicos (vidrados) são composições feitas a partir de uma mistura de minerais que a uma determinada temperatura começam a fundir.
Esta mistura contém minerais refratários e minerais fundentes na exata proporção para a temperatura de fusão do esmalte.
Quanto mais alta a temperatura de queima, mais alta a quantidade de minerais refratários, quanto mais baixa, maior a quantidade de fundentes.
Normalmente os esmaltes têm uma faixa de tolerância de temperatura que varia bastante. Para os esmaltes industrializados esta faixa costuma ser maior e pode ter uma variação as vezes maior que 200 graus.
Aqui no atelier eu produzo os esmaltes que usamos a partir de fórmulas que desenvolvi. A faixa de tolerância de temperatura é pequena. Uns 20 graus.
Mas o que acontece se por algum motivo a queima não atingir a temperatura?
Foi o que aconteceu a semana passada. Depois de 14 horas de queima no forno a gás a pressão dos maçaricos não foi suficiente para elevar a temperatura até os 1280 graus necessários para fundir o esmalte.
As peças ficam esbranquiçadas e ásperas.
Mas tirando a raiva e o gasto com gás de tantas horas de queima inútil, não há problema .
As peças podem ser queimadas 2, 3 vezes.
Foi o que fiz.
Limpei e desobstruí os queimadores e reabasteci meus bujões de gás (2 P180 ligados em paralelo)
Mais 14 horas de queima e tudo ficou lindo!
Que legal ficou...então é possível queimar novamente...ficou uma maravilha...o vidrado bem transparente, as cores bem vivas...espetáculo...faço algumas peças até o biscoito...pois não conheço quem tem forno...o pessoal dificulta um pouco...mesmo se for uma peça pequena e você se dispor a pagar...ficou demais...parabéns.
ResponderExcluirÉ possível queimar de novo sim se a temperatura por algum motivo não chegar ao ponto de fusão do esmalte. Isso já me aconteceu algumas vezes.
ResponderExcluirO problema é se passar da temperatura.... Aí o esmalte escorre e chega a grudar nas placas refratárias. Um pesadelo que também já me aconteceu. Obrigada pelo seu comentário!